Sempre fui julgada e criticada por ter deixado a minha filha com o pai quando me divorciei. Pois, segundo a sociedade, o consciente coletivo, uma mãe nunca deixa os seus filhos com o pai. "Mãe nem que seja uma silva", já dizia a minha avó, mas ela é mãe e, apesar de não estar a criar a filha, tem direito a estar com a filha assim como a filha tem o direito e o dever de estar com a sua mãe e conhecê-la, desde que, claro, esta não maltrate a filha e quando digo maltratar é mesmo prender a própria filha (o), amarra-la (o) apagar cigarros nos seus corpos ou levá-la (o) para o mundo da prostituição ou abusar deles, ou entre outras tantas desgraças que tanto mães como pais fazem aos seus filhos. Porém, quando esta mãe, esta mulher, se apresenta perante a sociedade como uma pessoa idónea, psicologicamente saudável, com trabalho honesto, só com a sua saúde debilitada, tem direito e dever igual ao pai de estar com a (o) seu ou sua filha ou filho. Quando existe um divórcio, a culpa n